segunda-feira, 14 de junho de 2010

Humming

Tento achar em mim aquilo que se faz invisível nos outros; até hoje nunca amei e ainda não penso em uma vida a dois. Até penso. Aliás é como se em particular eu estivesse poupando meu coração de se entregar sem medo. Isso ainda não me leva a mudar, me casei com um mundo, que descobri: não era virgem. Me casei então com tudo e todos, mas então percebi: casei comigo mesmo.
É até engraçado pensar que a vida é, por si só, uma só, porque se de um lado eu escrevo azul e de outro amarelo, só o que vejo é rosa. Essa lógica inexistente de achar funções exatas para entender cada pôr do sol é que suicidam os outros. Sim, suicidam; pois para poder eu entender quem me matou, preciso eu me matar primeiro. De certa forma esse mistério me satisfaz, me faz querer ir além, bem longe da resposta: da realidade.
Hoje, eu, vivo, essa a verdade é.
Não que não exista algo além, aliás é de lá que vem o rosa.

3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Eu tentei ser você,
como você.
Tentei te convercer.
Como fogo me consumiu,
tudo o que sei e sou,
sou você.
Talvez o tempo cure,
talvez ainda sinta por um bom tempo
mas deixo aqui meu singelo agradecimento.

Will Hara disse...

"Aliás é como se em particular eu estivesse poupando meu coração de se entregar sem medo."

Enquanto isso, a vida continua passando, gurizão. ;9

Mas além do rosa, azul ou amarelo,
logo você vai descobrir o arco-íris, a paleta repleta de cores, emoções, sol, chuva, neblina, mistério...

E então, nunca mais vai se contentar com as cores que havia antes. Não. Ganhastes o mundo. E o mundo te ganhou.

Cravo, Anis, Grevíleas... ganhamos.